O Supremo Tribunal Popular de Cuba condenou, nesta segunda-feira (8), o ex-ministro da Economia e do Planejamento, Alejandro Miguel Gil Fernández, à prisão perpétua após considerá-lo culpado de espionagem, suborno, roubo e dano a documentos, entre outros crimes.
Em segundo caso, ele foi considerado culpado de suborno para cometer falsificação de documentos públicos, tráfico de influência e evasão fiscal, e recebeu uma pena adicional de 20 anos.
“Alejandro Miguel Gil Fernández, por meio de atos corruptos e fraudulentos, aproveitou-se dos poderes conferidos pelas responsabilidades que assumiu para obter benefícios pessoais, recebendo dinheiro de empresas estrangeiras e subornando outros funcionários públicos para legalizar a aquisição de bens”, afirmou o Supremo Tribunal.
Gil, que chefiou o Ministério da Economia e Planejamento entre 2018 e 2024 e também foi vice-primeiro-ministro de Cuba, tem dez dias para recorrer de ambas as sentenças, acrescentou o comunicado.
O ex-ministro foi exonerado do cargo e deixou o gabinete do presidente Miguel Díaz-Canel em fevereiro de 2024.
Em março do mesmo ano, o Ministério do Interior de Cuba anunciou que ele estava sendo investigado por “erros graves”.
Durante anos, Gil foi a figura pública de medidas profundamente impopulares que contribuíram para agravar a complexa situação econômica da ilha, incluindo um aumento maciço nos preços dos combustíveis para os cubanos.
A CNN entrou em contato com o Supremo Tribunal Popular de Cuba para obter mais informações sobre a condenação e aguarda uma resposta.