Larissa voaria na manhã desta terça-feira (11) para Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Seria uma viagem a trabalho, em um avião da Voepass.
A caminho do Aeroporto de Congonhas, que fica na capital paulista, a fisioterapeuta rolava as redes sociais quando se surpreendeu com uma notícia: a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) havia suspendido a operação da companhia.
“Quando cheguei aqui, às 10h50, confirmei que meu voo estava cancelado e me direcionaram para o guichê da Latam. A caminho do aeroporto eu já tinha visto, no Instagram, que a Voepass havia sido suspensa”, contou à CNN no terminal.
O procedimento relatado por Larissa foi o padrão operado pela Voepass nesta terça-feira em Congonhas: encaminhar passageiros à Latam em uma tentativa de reacomodação do passageiro em outro voo com o mesmo destino.
Parte dos passageiros foram reacomodados — não foi o caso de Larissa. O voo disponível para o destino no interior decolaria às 23h desta terça e não seria possível à fisioterapeuta comparecer ao seu compromisso.
“Meu caso não foi resolvido. Mas os atendentes foram super prestativos”, ponderou a passageira, que deve ter seu bilhete reembolsado.
O Procon-SP notificou a Voepass para que realizasse os devidos esclarecimentos aos passageiros prejudicados sobre a suspensão e soluções ao problema. O órgão de defesa do consumidor enviou fiscais a Congonhas para acompanhar os atendimentos presenciais.
Seis fiscais fizeram rondas pelo terminal e fiscalizaram atendimentos, os fotografando e gravando. Segundo relatos à CNN, não houve intercorrências relevantes.
Procon notifica Voepass
O Procon pediu que a Voepass notifique sobre como foi comunicada a suspensão dos voos programados para esta terça. A Latam também foi notificada em razão de acordo comercial entre as duas empresas. Os voos da Voepass podem ser comercializados por meios das duas companhias aéreas e por agências de viagens.
Segundo o Procon, o dever de informar os passageiros sobre alterações e cancelamentos de voos será da empresa responsável pela comercialização dos bilhetes.
Além disso, o órgão explica que as empresas precisaram informar a situação do voo, e as alternativas previstas na legislação, tais como:
- reacomodação em outro voo da mesma companhia aérea ou até de outra companhia
- execução do serviço para o mesmo destino por modalidade como via rodoviária, por exemplo
- e reembolso do valor pago integralmente
Em nota, a Anac informou que a decisão acontece por conta de violações nas condições de segurança estabelecidas pela agência.
Ainda segundo a publicação, a suspensão é de caráter cautelar, e valerá até que seja comprovada a “correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamento”.
