Forçada pelos Estados Unidos, a Ucrânia disse hoje que concordaria com um cessar-fogo de 30 dias na guerra com a Rússia. Que, até este momento, não indicou se também aceitaria um cessar-fogo imediato, proposto pelos americanos.
Nas conversas com Putin, Trump já concordou em deixar com a Rússia os 20% de território que conquistou ao invadir a Ucrânia. E está falando com Moscou sem a menor participação dos aliados — ou ex-aliados — europeus. Enquanto obriga os ucranianos a assinar um acordo para exploração de minérios raros em favor dos Estados Unidos.
Ocorre que os europeus estão reagindo e prometendo lidar com Putin nos termos que Trump até aqui evitou. Ou seja, resistindo a Moscou.
O cenário é particularmente volátil e de alta imprevisibilidade. Está é a principal marca de Trump na geopolítica, mas também nas medidas que tomou na economia.
Essas medidas, como a imposição de tarifas para todo lado, eram muito conhecidas e tinham sido anunciadas previamente. Mas provocaram até aqui incertezas que se manifestaram em forte reação negativa dos mercados. Preocupados agora com as consequências do que Trump faz para o crescimento da economia global.
Essas incertezas não se restringem a operadores nos mercados. No seu primeiro mandato, Trump costumava ceder quando os mercados se comportavam em queda, como estão se comportando agora.
Mas agora é um novo mundo Trump. Ele está dobrando em tudo as apostas.
